
Hoje assistir um filme lindo. Daqueles que nos desperta um sentimento puro.
Chorei porque me lembrei de você.
Da nossa amizade, da amizade mesmo.
Quando éramos crianças e sentávamos juntos, marcávamos até lugares.
De quando eu tinha segurança que você era meu.
Lembrei de coisas absurdas.
É, você me roubou um beijo que eu nunca perdoei, mas que hoje me orgulho de ter sido seu.
Do beijo que você meu deu na última sala atrás do berço e depois cada um foi pra casa porque estávamos constrangidos.
Das brincadeiras na sua casa. Dos seus aniversários.
De quando exploramos o terreno e eu descobrir que tinha medo de altura.
Da vez que nos distanciamos da sua casa e fomos para uma árvore, na qual você me disse que ia embora, mas prometeu que voltaria para os meus 15 anos, me pediu em namoro e eu fiquei por dar a resposta. Isso se estende até os dias de hoje.
Lembro que no último domingo que fiquei perto de você, na hora de ir sua irmã me abraçou forte e chorou muito. Não dormi naquela noite, mas não sabia por quê.
Com 12 anos era difícil entender que a vida estava me separando definitivamente do amor de toda a minha vida.
A partida de alguém é sempre pior pra quem fica,
pois ela é quem tem que conviver com a recordação dos lugares e etc.
Anos depois nos reencontramos inúmeras vezes, mas em nenhum desses momentos eu conseguir encontrar o meu amigo de anos. Ele se perdeu e não soube voltar.
Eu sei que eu mudei e muito...
Mas você mesmo já percebeu que mantenho a sua amiga intacta dentro de mim, esperando pela sua vinda nos seus 15 anos.
Jéssica Santos
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