- Lara vem aqui amanhã?

- Não!

- E o próximo sábado?

- Só se você convidar!

(Jéssica Santos)

"Completamente impossibilitada de postar devido aos recentes acontecimentos. Minha cabeça e minha inspiração estão em outro lugar. Espero voltar a ser dona de mim mesma o mais rápido possível"

(Jéssica Santos)

Momento atual

Em meio ao bréu da escuridão, o cinza apresenta-me a luz

Algo com o que pensar, com o que sonhar

Um bálsamo em meio a dor.

Uma fuga mais que precisa, necessária!

Meu mundo perfeito num mundo de maldade.

Tanta perfeição faz-me questionar:

- Até quando durará tudo isso? Até quando a sua luz vai me iluminar? quando será que ela apagara?

Pois no centro de todo este turbilhão, a única certeza que pareço ter e que nada que é bom durará para sempre.

(Jéssica Santos)

Lara estava cansada de ficar em casa. Resolveu então ir visitar Nanda. Só coragem mesmo! Andar tanto para não ficar sozinha. Ela chegou tímida como era ao local de trabalho de Nanda. As duas se cumprimentam.

- Se joga neste de branco! – essas eram o tipo de brincadeira de Nanda. Ela gostava de jogar pretendentes para Lara e geralmente quando falava assim não era pessoa boa.

- Não consigo enxergar! – e realmente não podia. A claridade impedia Lara de ver o rosto do individuo – Mas quando você fala assim coisa boa não é! Devo imaginar que ele é feio. Ele é todo seu!

Passou-se um tempo.

Ele pegou minha mão. Como ela queria que ele segurasse por mais tempo. Isso era estranho. Geralmente ela não gostava que pessoas a tocassem, esse gesto a incomodou profundamente. Mas não a ele. Bem atendeu ao pedido interno de Lara, mas cedo demais teve que solta-la. Ficaria estranho ficar segurando por muito tempo a mão dele.

- Amiguinho se encantou por você!

- Pára Nanda!

- É sério! Ele não é assim, é tranqüilo. Ele está serelepe!

- Ele é bonitinho!

Não demora muito olha amiguinho perto de nós de novo.

- Você quer o que por aqui? – Nanda

- Seja bem-vinda Lara! Está vendo não esqueci o seu nome! – Lara não podia dizer o mesmo. Ela não teria a capacidade de lembrar. Estava se questionando porque gostara tanto do calor das mãos de Ben.

- Olha! Minha amiga não é pro seu bico!

- Eu sei! Ela é pra minha boca! – Com essa Lara ficou sem graça.

(Jéssica Santos)

- Mas devo confessar que você me decepcionou bastante. E só por isso eu fico a me perguntar se toda a preocupação que você sentia por mim, se sua disposição em cuidar de mim faziam parte do seu fingimento?

- Preciso mesmo responder essa pergunta pra você?

- Não! Até mesmo porque aqui é um momento de separação e eu acho que não cabe as nossas dúvidas.

- Tem toda a razão!

(...)

- Então acho que não temos mais nada para conversar.

- É verdade! - Bry se aproxima de mim para me dá um beijo na testa.

- Não me toque! o fato de eu não agir como você pensou não quer dizer que não estou com raiva.

- Desculpa! Tenho certeza que você vai superar esse momento!

- Também tenho certeza disso!

- Tchau!

- Adeus!

Vou em direção ao caminho em que estava meu carro. O nó em minha garganta estava sendo apertado, mas eu não poderia chorar, não ali. Eu tinha certeza que os olhos de Bry me fitavam em busca de uma fragilidade que eu não ousei mostrar, nem sequer olhei para trás. Entrei no meu carro resignadamente com uma confiança que apenas os fortes tinham.

(Jéssica Santos)