sábado, 30 de maio de 2009

SONHO


Estava em casa quando sou surpreendida pelo som da campainha. Ao abrir a porta encontro ninguém mais que “meu anjo”.
Eu o abraço com toda a força e sentimento que havia em mim.
Ele estava ali, era real.
A saudade era tanta que por um momento pensei que ficaríamos assim, abraçados para sempre. Meus olhos enchem-se de lágrimas, mas eu não podia chorar não naquele momento, afinal de contas eu estava feliz!
O “meu anjo” abre o seu lindo sorriso, daquele tipo que nos faz sentir que nada poderá dá errado. Ele me estende a sua mão, eu sem hesitar a seguro e saímos sem rumo.
Para mim bastava saber que tínhamos um ao outro.
Ao seu lado as horas passaram voando, quando me dei conta já era noite.
Mas que de repente “meu anjo” pára.
Olha-me profundamente nos meus olhos, acaricia delicadamente meu rosto.
A sensação que ele me transmitia era que precisava decorar cada expressão minha, cada pedaço da minha face.
Ele se aproxima da minha face, mas por algum motivo os seus lábios não tocam nos meus.
Eu vejo a decepção de não conseguir em seus olhos.
Um vento passa por nós e leva-o.
Minhas mãos ficam vazias.
A dor do desespero me faz acordar.
Não sabia eu que a minha maior dor seria a de saber que tudo não passara de um sonho.

(Jéssica Santos)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

DeSpEdIdA



Um dia a ti escrevi as mais puras rimas
dei-te meus cheiros, meus sonhos e cores.
Estampei a folha vazia com a melodia
que corria por minhas entranhas e veias.

Dei tanto...
Todos os meus gestos, meus segredos
e sentidos.

Dei-te toda a força da amizade que de mim jorrava

Foste imaginário amigo, a minha verdade,
minha ancora, minhas pernas e braços
mas partiste sem uma palavra,
como só partem os covardes...

Não quero mais sentir este nó
que sufoca os meus olhos,
cega meu grito,
cala minha pele.

Não há mais lugar para perdas
nada mais contabilizo

compreendi que meros momentos fugidios
não levam a lugar algum.

Pois vai...
Perde-te nos emaranhados
(da tua própria dor)
quem sabe um dia percebas

que estive ao teu alcance

e deixaste-me escapar.

(Andrea Motta)


Eu simplesmente amo a sensação que as palavras causam em mim.

O fato de alguém narrar o que aconteceu conosco.

Espero que esta poesia tenha falado tanto ao teu coração quanto ao meu.


(Jéssica)


DESABAFO!


Um sentimento camuflado numa amizade.

Foi assim!Sentimento que sempre escondemos um do outro.

O tempo foi passando e desgastando tudo que construímos.

Jaz a fidelidade da nossa amizade e a sinceridade das nossas conversas.

Tudo ruiu!

Tentei encontrar um resquício do meu velho “príncipe”, aquele que sempre me protegia, mas sempre que te olhava me deparava com o desconhecido.

Veio-me o desespero, não poderia ser tão fácil assim separar nós dois, não poderia acreditar tão facilmente na fragilidade da nossa “amizade”.

Comecei a me reservar.Querer-te tanto já me fazia mal, então me distanciei demais de você, como se fosse possível!

A essa altura já existia um abismo invisível entre nós.

Você me chamou de fria, sem ao menos me questionar o porque da minha mudança.

Mas apenas eu sabia o preço que pagaria por está me iludindo, eu já sabia que éramos almas gêmeas, mas nunca ficaríamos juntos.

Hoje compreendo que você sempre soube de tudo devido a minha transparência, mas não queria ouvir a verdade vinda de mim, pois eu sempre te fiz saber o peso das palavras.

As suas palavras de “eu te amo” não fazia mais efeito em mim, eram apenas palavras.

Joguei-as ao vento!

Tentei a muito custo me tornar insensível a você, a sua existência e conseguir, a um preço muito alto, é muito difícil duelar com o coração, mas como você mesmo dizia, eu sempre fui muito racional.

Hoje acredito que ficaste em meu passado, levando consigo todo o meu fardo, me libertando, tornando-se apenas uma mera recordação.


(Jéssica Santos)

domingo, 24 de maio de 2009

O Beijo


Olho no olho.

Respiração ofegante.

Os lábios se aproximam, quase se tocam.

Recuam.

Suspiros, olhares, agora se encontram quase um leve roçar.

Um arrepio.

Corpos se colam.

Mãos se entrelaçam, um só corpo.

Um só coração.

Ao longe alguém ouve uma velha canção de amor.


(Heloísa)