terça-feira, 25 de maio de 2010


- Meu filho é mesmo muito lindo!

- Realmente é! – eu estava morta de vergonha.

Ela segura uma das minhas mãos – Desculpa por ter te deixado sem graça!

- A senhora não tem culpa por eu ser tímida!

- Eu apenas estou feliz por você está com meu filho - ao ouvir isso eu me assusto, mas não consigo dizer nada – Bryan também está muito feliz! Eu como mãe fico impressionada com a dimensão do sentimento que ele tem por você, às vezes eu acho um pouco demais, mas depois percebo que você merece isso tudo, pois é uma menina de ouro!- eu só consigo abrir a boca para agradecer – eu apenas quero que você faça o meu filho muito feliz!

Eu abaixo a cabeça, pois no meu interior eu sabia que naquele momento isso não seria possível.

- Eu te aborreci com esta conversa de mãe superprotetora?

- Não, eu apenas estou surpresa pelo fato da senhora está ciente do sentimento do seu filho por mim.

- É só olhar pra Bryan!

- Eu quero que a senhora saiba que qualquer decisão minha em relação a mim e Bryan visa principalmente à felicidade dele - Marta sorrir, eu finjo um sorriso também.

- Vá aproveitar o sol junto com os outros jovens, pois se ficar aqui conversando comigo pode perder o namorado - ao ouvir essa última palavra eu sinto um pouco de falta de ar. Marta pensa que a cara que eu fizera era por medo de perder o filho dela – Não precisa ficar deste jeito, pois Bryan só tem olhos pra você e Natalie não significa mais nada pra ele.

- Quem é Natalie?

- É a ex-namorada de Bryan! Foi a última menina que ele se envolveu antes de se apaixonar por você.

- Ela está aqui?

- Está! Ela é aquela loira que está com Rachel - Rachel era a irmã de Bryan. Eu olho para onde Bry estava e vejo-o de braços cruzados e Natalie de frente para ele conversando, ela segurava no braço dele e ficava toda hora mexendo no cabelo a fim de jogar charme para ele, eu mantenho os olhos fixos naquela imagem tentando encontrar um fio de recaída de Bry, mas eu não vejo nada, apesar de está com uma loira escultural ele a tratava como comum, ele olha para onde eu estava com a sua mãe, eu dou um tchauzinho, ele sorrir. Eu volto a olhar para a mãe dele – Vá lá e coloque Natalie em seu devido lugar.

- Não é preciso!

- Ela nunca conseguiu superar a separação com Bryan.

- Bryan é uma pessoa maravilhosa e perdê-lo não é algo tão fácil assim de superar.

- O problema de Natalie não é esse, mas, porque ela se sente trocada por você, uma garota que no julgamento dela é fútil, mimada e muito mais nova – eu dou risada, porque Marta estava tentando me envenenar contra Natalie e estava conseguindo, não por me colocar ciúmes em relação a Bryan, mas por mexer com meu ego, eu não admitia que ninguém me julgasse erroneamente – mesmo depois de eu dizer isso tudo você não vai?

- O seu filho não gosta de mulheres ciumentas!

- Você não é ciumenta, pois se fosse, não estaria aqui, já teria ido lá sem precisar ser envenenada - eu dou risada com o que ela fala e resolvo ir só para dá essa alegria a mãe de Bry.

- A senhora venceu - tiro a saída e olho para Marta – olhe pra ver como me saio!

Eu vou até Bryan e Natalie. A me ver chegar, eles param de conversar.

- Não precisa parar de conversar por causa de mim.

- Bry pega a minha mão e beija – não estamos conversando sobre nada de mais! - Natalie só falta me fuzilar por causa disso – Você tem recomendações pra não ficar no sol.

- Pode ficar tranqüilo! Não vou derreter.

- A conversa com a minha mãe foi agradável?

- Muito! Mas ela está achando que eu estou muito sozinha e me pediu pra ficar aqui com vocês.

Bry sorrir e passa o braço pela minha cintura e beija o meu rosto. Eu acho que é nessa hora que ele nota Natalie. – Você já conhece Natalie?

- Não.

- Natalie, esta é Jéssica! Jéssica, esta é Natalie...Natalie é uma amiga,

- Você é linda! É um prazer conhecê-la!

- O prazer é todo meu – não era isso que sua cara dizia.

- Bry você está me devendo um tour pelo iate.

- Eu não esqueci!

- Isso é bom!

- Natalie, depois nós conversamos!

- Tudo bem!

Ele segura a minha mão – o que foi isso?

Encosto-me à lateral do iate – não tenho culpa de nada! Apenas fiz o que sua mãe me pediu.

- Acho que não foi uma boa idéia deixar você com a minha mãe!

- Ela é um amor de pessoa! Falou-me muita coisa importante.

- Tipo o que?

- O fato de você ser ex-namorado de Natalie.

- Você está com ciúmes?

- Não! Mas fiquei chateada em saber que ela me acha fútil e mimada.

- É despeito - eu dou risada. Ele se aproxima mais de mim e segurando o meu queixo levanta a minha cabeça para eu olhar para ele – Tem mais coisa!

- Sua mãe acha que eu sou sua namorada.

- Eu não falei isso pra ela.

- Eu sei disso! Mas não gosto do rumo que as coisas estão tomando.

- E por quê?

- Nós estamos envolvendo pessoas demais nesse nosso joguinho, enquanto formos só nós dois: tudo bem! Mas quando a minha família e a sua se envolvem torna tudo mais difícil.

- Eu vou agora mesmo contar tudo pra minha mãe.

- Você não vai fazer isto!

- Não estou entendendo nada!

- Quando eu tive a chance eu não desmentir a história, pelo contrário fiz a sua mãe acreditar que estamos juntos.

- O que tem demais nisso?

- Ela me fez prometer que farei você feliz sempre.

- Não leve tão a sério! Marta está sendo apenas mãe.

- Por este ângulo você tem razão!

Bry acaricia meu rosto e ainda olhando nos meus olhos – Você leva tudo a ferro e fogo, você não tem que ser radical.

- Quando se trata dos seus sentimentos, eu tenho que ser.

- Eu estou pedindo pra que você não seja assim.

- Vou tentar - eu vejo o desejo de beijar se formar em seus olhos, dessa eu tinha tempo de agir, mas sem saber o porquê eu não ajo.

( Jéssica Santos)

sábado, 22 de maio de 2010

Agradecimento


Antes que a natureza siga o seu curso e eu destrua todas as suas boas lembranças, eu tenho que falar do bem que você me fez.

Não estou dizendo que voltaria a sentir tudo de novo se pudesse, mas que nunca ninguém tirará a alegria que sinto em te ver.

Dizer que as melhores recordações são suas.

Esquecer jamais que as nossas diferenças um dia foram empecilhos e também tempero do nosso sentimento.

Realmente se sentir querida do jeito que sou, ou melhor, ser amada pelo jeito que sou.

Saber que ainda lembra-se de mim, mantendo-me intocável em sua mente.

Obrigada, por todo o carinho e cuidado! É tudo que tenho a dizer à pessoa que me aceitou do jeito que sou. A boneca de porcelana será eternamente grata e...

Nada tira esse você de mim.

Jéssica Santos

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Recaída


Estávamos voltando de uma festa: eu, meu irmão e mais um casal de amigo. Era tarde da noite, a rua estava deserta e eu estava em um ambiente que me trazia várias recordações. Senti que poderia encontrar com quem eu tanto evitava e tanto queria. Como se os meus pensamentos fossem imãs, ele apareceu! Nada mudara ele estava exatamente como antes. Começo a ficar nervosa: “Ai meu Deus não era para encontrá-lo aqui. Não sei por que eu estou nervosa? Ele não vai falar comigo e nem eu com ele, é sempre isso que acontece”.

Depois de minha tortura interior, retorno a realidade com um dos meus amigos conversando com ele. “Ué, eles se conhecem? Não sabia” e para a minha maior surpresa a minha amiga também o conhecia e falou com ele. A voz feminina o fez pensar que fosse a minha:

- Quem falou comigo?

A decepção veio com a identificação da amiga. Então ele próprio resolve falar comigo:

- Jane, tudo bom?

Ele ainda lembrava meu nome, meu coração vai a mil.

- Tudo bom! – só não sei se a minha resposta saiu num tom audível para ele.

Antes que eu saísse do seu campo de visão eu resolvo olhar para trás e ele me olhava. Meu Deus tudo de novo não, mas dentro de mim os desejos eram outros e estavam em sintonia com os dele.

Jéssica Santos