Eu te amo...não diz tudo

Depois de mais uma noite insone, hoje eu acordei e fui fazer uma prova de vestibular. Estava eu sentada e com aquele nervosismo comum aos vestibulando, quando me deparo com um dos textos mais lindo e verdadeiro que eu li em minha vida. Nossa! fiquei tão anestesiada com o texto que quase esqueço do restante da prova e da redação. Resolvi postá-lo aqui e espero que vocês sejam tão tocados quanto eu.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas?

Mas saber-se amado é uma coisa,

sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

que zela pela sua felicidade,

que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

é ver como ele(a) fica triste

quando você está triste,

e como sorri com delicadeza quando diz que você está

fazendo uma tempestade em copo d’água.

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa

em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito,

que se sente inteiro.

Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que

tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,

sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum

se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega,

mas suspira;

quem não levanta a voz, mas fala;

quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

(Arnaldo Jabor)